Comerciantes recorrem á segurança clandestina

Com uma grande desigualdade social, o bairro de Brotas lidera algumas estatísticas relacionadas à violência em Salvador, pois de um lado existe grandes prédios de luxo que chegam a cobrar R$ 1.300 em condomínio e do outro a Invasão da Polêmica, Alto do Saldanha, Dique Pequeno e Buraco da Jia, que são localidades pobres e com altos índices de criminalidades.
Somente no ano passado foram registrados em média 724 roubos e 787 furtos na região, tendo um grande aumento no fim do ano passado, entre os meses de novembro e dezembro, de acordo com o delegado Edson Almeida, titular da 6º Delegacia (Galés). Segundo moradores muitos casos são omitidos já que há uma desconfiança enquanto a sua resolução. “Só nesta rua todo dia são dois, três mercadinhos assaltados” conta a empacotadeira Maria Rita Santos, 34 anos, funcionaria de um estabelecimento localizado no bairro.
Ás áreas mais nobres do bairro, como o Horto Florestal e Cidade Jardim raramente são alvos de assaltos, pois contam com uma segurança oferecida por empresas particulares. Com o aumento desses assaltos os comerciantes também tende a buscar seguranças clandestinos com o objetivo de se proteger dos ladrões, o dono de uma feira que não quis se identificar, revelou ter resistido a contratar um policial militar como vigilante, mas acabou cedendo. De acordo com o delegado Almeida, existe um esforço para que se intensifique as investidas policiais, e uma das medidas é junto com a comunidade encontra solução para diminuir o numero de roubos nesta área, o que já demonstra um resultado significativo, com uma diminuição em 5% nos furtos e 26,7% nos roubos, segundo o Centro de Documentação e Estatística da Policia (CEDEP).